quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CONTO: A VENDEDORA DE GUARDA CHUVAS - Escritor e Leitor do blog - Felipe

A vendedora de guarda-chuvas


Olá. Meu nome é Léo. Eu era um jovem de 19 anos aficcionado pelo fetiche de Giantess. Desde muito novo tinha essa fantasia de ser esmagado ou devorado por uma mulher giganta, assim como todos vocês, amantes desse fetiche. E quero hoje lhes contar uma situação real que aconteceu comigo, a que determinou o encerramento do meu ciclo de vida terrestre. Estou escrevendo esse texto aqui do céu, pois já não estou mais entre vocês. Querem saber o que aconteceu comigo? Pois lá vai a minha história:

Moro em Porto Alegre, uma das maiores capitais do Brasil. E assim, como em toda grande cidade como São Paulo ou Rio, encontro diariamente centenas de vendedores ambulantes. E em dias de chuva, o que mais encontro são vendedores de guarda-chuvas. E entre quase todos eles é muito comum um bordão usado para destacar o preço e o tamanho do produto a ser vendido:

“ – É 10 o gigante, 10 reais o gigante”

Nossa, como eu adorava ouvir aquilo! Só de ouvir a palavra “gigante”, já imaginava uma mulherzona, de uns 20 metros de altura, caminhando em minha direção, pronta pra me esmagar entre seus dedos ou com o bico de seu sapato. Aliás, adoro salto alto, ver mulheres de salto me excita ainda mais, acende ainda mais o meu fetiche. Ficava às vezes vadiando, perambulando pra lá e pra cá no centro da cidade em dias de chuva, só para ouvir a bendita palavra “gigante”, ser pronunciada centenas de vezes, deixando meu membro quase que ereto, por mais que eu tentasse disfarçar meu prazer em ouvir aquele santo verbete. 

Um dia, por azar ou por ironia do destino, saí de casa sem meu guarda-chuva, pois o tempo não prometia motivos pra isso. O sol estava brilhando timidamente entre as nuvens, mas nada que acusasse uma chuva para as próximas horas. Estava trabalhando no meu emprego de sempre, recepcionista de uma escola de idiomas e, passadas 3 horas dentro da escola, percebi que o tempo começava a mudar. Uma chuva muito forte se anunciava, eu estava sem meu guarda chuva e precisava voltar pra casa dentro de 30 minutos, quando se encerrava meu turno. Só tinha 10 reais no bolso, dinheiro que não seria suficiente para pegar um táxi, pois morava um pouco longe daqui, demorando mais ou menos 45 minutos indo a pé. Também não tinha como pegar ônibus, pois não havia nenhuma parada perto e eu também, não estava muito a fim de me molhar procurando uma, pois sou muito sensível a resfriados. 10 minutos antes de eu sair do trabalho, a chuva começou. Ininterruptamente, muitos milímetros de água começaram a cair com muita violência, sob o céu da capital gaúcha. Com apenas uma nota de dez no bolso, lembrei do preço dos guarda-chuvas dos ambulantes da rua e decidi que compraria um então, para tentar chegar em casa sem me molhar muito. Lembrei-me também, que ouviria várias vezes a palavra “gigante”, causando-me prazer e excitação no momento em que eu saísse à rua. Quando saí da escola, a chuva havia diminuído um pouco, estava mais para garoa, mas mesmo assim, eu precisava de um guarda-chuva, pois, demorava até eu chegar em casa e há qualquer momento a tormenta poderia voltar. Caminhei cerca de 2 quadras e de cara já ouvi uma voz anunciando: “ – é 10 o Gigante, 10 o Gigante”....opa, vendedores de guarda-chuvas na área! E ainda mais, pronunciando a palavra que eu mais gosto. Ao andar mais um pouco vi que o primeiro vendedor era na verdade uma vendedora, uma mulher. E muito linda por sinal! Uma loira de cabelos longos e cacheados, com sorriso marcante, pele limpa...vestida com um casaquinho vermelho, fechado por causa do leve frio que fazia, calça jeans bem justa ao corpo e botas de cano longo, com um salto relativamente alto, o que já me excitava ao olhar para seus pés. Uma beldade dessas não poderia estar vendendo guarda-chuvas na rua, pensei eu com meus botões. Até pensei em lhe fazer um elogio, mas guardei os meus pensamentos pra mim. Me aproximei dela e, só para ouvir ela repetir a palavrinha mágica, indaguei:

“- É quanto mesmo o gigante?”

“ – É 10, é 10 o gigante” – respondeu ela, docemente olhando com firmeza para mim.

“ – Vou querer um” – disse, puxando a nota de 10 reais do bolso. “ – Mas...quero um de cor escura” – completei, percebendo que na mão dela só haviam guarda-chuvas em tons claros e femininos, como rosa, lilás e bege.

“ – Ok, então vou ter que ir ali no estoque pegar um pra você...venha junto comigo pra escolher o que você quer” – disse ela, me convidando para entrar numa salinha ali próxima, quase escondida entre os enormes arranha-céus do centro porto-alegrense. 

Entramos na salinha e ela ligou as luzes. Vi que lá haviam guarda-chuvas de várias cores e modelos, numa grande variedade que possibilitava ao cliente fazer a sua escolha. “ – Pode pegar o que você quiser. Todos são gigantes e custam 10 reais cada” – disse a linda vendedora. Gostei muito de um preto brilhoso que estava encostado bem no canto da parede. Caminhei em direção a ele para apanhá-lo, quanto senti um leve choque elétrico em minhas costas. “ - Aiii....o que é isso...” - comecei a resmungar, sem ter forças para me virar para trás e ver o que realmente estava acontecendo. De repente, o choque parou e pude virar meu corpo pra trás, pra ver o que tinha acontecido. Vi a bela vendedora loira segurando um pequeno controle nas mãos, muito parecido com esses controles remotos de carrinhos de brinquedo, com apenas dois botões. 

“ – Foi você quem fez isso? Por que você me deu um choque com esse controle?” – indaguei assustado

“ – Fui eu sim, tolinho...você quer muito um gigante, né?” – respondeu a moça

“ – Sim, um guarda-chuva gigante, como você estava anunciando” – retruquei

“ – Pois é...além de UM gigante, que é o guarda-chuva, de brinde você vai levar também UMA gigante....HAHAHAHAHAHAHA...” – disse a vendedora, começando a rir maldosamente, com um ar de raiva em sua face

Num piscar de olhos, senti uma reviravolta no meu corpo, fortes dores no meu peito e costas. Não deu nem tempo de resmungar a dor, quando vi, estava encolhido. No chão. Calculo eu que devia ter atingido no máximo uns 8 centímetros de altura. E, bem na minha frente, aquilo que eu mais havia sonhado em toda a minha vida: uma mulher gigante. E linda. Uma loira, cujas características já mencionei. Com uma linda bota preta, de cano longo e salto médio-alto. No fundo, era o que eu mais queria, era a realização do meu fetiche, do meu desejo sexual mais secreto. Mas, quando aconteceu de verdade, pensei que estava sonhando, tamanho era meu desespero. Me belisquei pra ver se não estava delirando, se não havia adormecido sentado na cadeira da recepção da escola onde trabalho. Vi que era tudo real. Tudo estava enorme, gigante, eu estava do tamanho de um inseto, havia encolhido de verdade! Aquilo era real, não era mais um sonho que eu havia imaginado em meio às minhas masturbações. Eu estava encolhido, fechado em uma sala, sozinho, na companhia apenas de uma gigante. Ela veio caminhando vagarosamente em minha direção, batendo o sapato no chão com força, para fazer o chão tremer pra mim. Eu, na condição que estava, minúsculo como uma baratinha, sentia aquilo como um terremoto, que sacudia o solo abaixo dos meus pés. Ela veio andando em minha direção, batendo os pés com força, fazendo tudo tremer até que caí no chão. Caí de costas, devido ao impacto das pisadas.

“ – Isso, meu encolhidinho. Fica deitadinho aí que é melhor pra mim te esmagar”

“ – Nããão, eu imploro! Por favor, não faça isso! Eu não sei porque você fez isso comigo, porque você me encolheu, mas por favor, me deixe ir! Não quero ser esmagado por uma gigante, não moça, por favor, nãããããõ”

“ – Ué, por que está tão apavorado? Eu te disse que era 10 o gigante. Você me pagou os dez reais, agora estou te dando o que você comprou: uma gigante. Hahahahaha” – ria ela descontroladamente, enquanto se aproximava de mim cada vez mais com suas botas.


Então, ela chegou tão perto de mim que não tinha mais para onde andar, a não ser, por cima do meu corpo. Levantou seu pé direito enorme, gigantesco, bem alto. Eu lá embaixo, só chorava e implorava para não ser pisado, para não ser triturado. Mas a vontade de me esmagar da vendedora era muito maior e ela já nem dava mais trela aos meus lamentos. Começou a descer seu pé lentamente em minha direção. Eu vi tudo escurecer, a sola do sapato dela chegando cada vez mais perto. Percebi que realmente era o fim. Porém, seria uma morte parcialmente feliz, pois estaria morrendo da maneira com a qual tanto me excitei enquanto estava em vida. Se era isso o que eu queria em sonhos, porque agora estava desesperado ao ver isso acontecer na vida real? Porque não queria morrer de verdade, mas esse era o preço que eu iria pagar por ser tão aficcionado nesse fetiche. E senti seu pé me esmagando vagarosamente, esmagando osso por osso do meu corpo, enquanto eu sentia minha respiração cada vez ficar mais difícil e meu coração, cada vez pulsar menos. Até que ela forçou um pouco mais o seu pé e finalmente, terminou comigo de vez. Esse foi o meu triste, porém emocionante fim de vida!

2 comentários: